Mais de 370 mil alunos da rede pública de ensino da Paraíba deverão ficar sem aulas durante três dias. Segundo representantes sindicais dos servidores da educação no Estado, a categoria aderiu à Paralisação Nacional da Educação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A paralisação começa hoje e será encerrada na próxima quinta-feira.
Entre os principais eixos de reivindicação da Paralisação Nacional está o cumprimento da lei do piso, o combate à terceirização, o posicionamento contrário à entrega das escolas às Organizações Sociais (Oss); o não parcelamento de salários; o enfrentamento à militarização de escolas públicas e a oposição a proposta de reorganização das escolas, segundo a CNTE.
Conforme o secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep), Edvaldo Faustino, as reivindicações nacionais se enquadram à realidade dos problemas pelos quais o sindicato estadual vem lutando.
Faustino disse ainda que o Sintep acrescenta à pauta nacional a luta pela rejeição à medida provisória (MP) 242 do governo do Estado, que congela salários e progressões de todos os servidores públicos estaduais. A MP 242 está prevista para ser votada hoje na Assembleia Legislativa, em João Pessoa.
Cerca de 300 mil alunos ficarão sem aulas no Estado. Na próxima quinta-feira representantes do Sintep se reunirão em assembleia geral para discutir a possibilidade de deflagar uma greve geral dos servidores da educação do Estado. A assembleia está agendada para acontecer às 16h na sede do sindicato, em João Pessoa.
O JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação para comentar o assunto, mas até o fechamento da edição não obteve nenhuma resposta.