Diversas cerâmicas coletadas no sítio arqueológico Tupi Moconha, na cidade de Serra Grande, foram coleatadas e enviadas para análise na Universidade Estadual da Paraíba. As atividades estão sendo realizadas no Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB (LABAP-UEPB), tendo como objetivo primordial estabelecer análises macroscópicas.
Os artefatos têm como um dos atributos principais uma grande quantidade de pinturas que seguem determinado padrão geométrico e ação agregando semelhanças aos aspectos gerais dos Tupiguarani.
A metodologia das pesquisas consiste na realização de análises comparativas feitas com base na seleção das peças, higienização somente com a utilização de pinceis e coleta de sedimentos para futuros estudos. São feitas a localização e os prováveis significados dos motivos, fotos e edições das imagens para melhor visualização.
Busca-se também fatores de queima, identificar as cores e/ou presença de decoração plástica, a geometria das pinturas e as possíveis ferramentas para a sua execução, a observação dos detalhes de fabricação e medidas gerais. Ademais, considera-se a questão das características indicarem para qual fim a cerâmica serviu. Em seguida, elas são comparadas e relacionadas a materiais cerâmicos parecidos ao que foi identificado, provenientes de pesquisas acerca de inúmeros sítios arqueológicos do estado e do Brasil para consequentemente escrever a respeito.
Até o presente momento os resultados correspondem ao esperado e já foram trabalhadas cerca de 30 cerâmicas que incluem fragmentos e 3 vasilhas em bom estado de conservação de uso comum e específico em rituais fúnebres, que vem contribuindo e gradativamente consolidando a questão levantada acerca dos povos pretéritos paraibanos, podendo gerar inúmeras linhas de pesquisa devido à riqueza e diversidade do material. Sendo assim, busca-se promover a formação cultural e uma nova História da Paraíba através desse estudo arqueológico da presença Tupi no interior, descontruído a tese de que esses habitaram unicamente o litoral.